Ficha da Casta
Variedade
Branca
Sinonímia
Véozinho-Verdial.
Variedades erradamente identificadas com a Viosinho
Desconhecido.
Origens
Rolando Faustino aponta a maior variabilidade genética no Douro e por essa razão será uma casta relativamente antiga e proveniente dessa região.
A primeira menção foi realizada por Constantino Lacerda Lobo, em 1790, na obra “Memória sobre a cultura das vinhas em Portugal”. Este autor encontrou-a na zona de Murça, Alijó e Sabrosa.
Mais tarde, em 1822, António Gyrão classificou-a igualmente na zona do Douro como Véozinho-Verdial. Também João Lappa a encontrou com o mesmo nome, em 1874, e referenciou-a no livro “Technologia Rural”.
José de Carvalho Meneses, em 1900, refere a casta na zona de Trás-os-Montes com a atual denominação, no boletim “Apontamentos para o Estudo da Ampellographia Portugueza”.
Características
A casta apresenta um vigor médio e uma produtividade média/alta (10 a 17 T/Ha). O cacho é pequeno e medianamente compacto. O bago é pequeno e tem uma película de espessura média. A casta é muito sensível ao oídio e à podridão.
Regiões de Maior Relevância e Expansão
No ano de 2018 estava implantada em 940 Hectares ocupando cerca de 1% da área total de vinha em Portugal.
As regiões de maior implantação eram as regiões do Douro, com 803 hectares, e a região de Trás-os-Montes com 137 hectares. O que representa cerca de 2% do total da primeira e 1% na segunda.
Parentalidade
De acordo com Pinto-Carnide, a casta pode estar geneticamente relacionada com a Tinta-Francisca e com a Tinto Cão.
Notas de Prova
Os vinhos tem uma boa intensidade aromática com notas florais e cítricas. Na boca é evolvente, com boa acidez e corpo.
Fontes
- Böhm, Jorge (2007), Portugal Vitícola – O Grande Livro das Castas, Chaves Ferreira Publicações, Lisboa
- Robinson, Jancis; Harding, Julia; Vouillamoz, José (2012), Wine Grapes: A Complete Guide to 1,368 Vine Varieties, including their Origins and Flavours, Penguin Group, Londres
- https://www.ivv.gov.pt (24 de março de 2020)