Bairrada – 13% – PVP: 20 Euros – Nota: 92/18
Um espumante com aromas elegantes e que conjuga a garra da juventude com a elegância do longo estágio em garrafa.
Este equilíbrio é alcançado, na minha opinião, através do método de “solera” usado para obter este espumante.
Inicialmente, de 2007 a 2012 apenas foram usadas as castas brancas mas no ano de 2013, o produtor começou a usar a casta Baga.
Uma excelente referência de um produtor que começa a entrar agora na maioridade vínica. Os vinhos Vadio têm vindo a aumentar bastante a qualidade ao longo da sua história. Este é mais um passo de um produtor que segmenta a sua oferta apostando na irreverência.
Num futuro próximo, não ficaria nada admirado por ver integrado este projeto nos “Baga Friends”.
Projeto: O projeto Vadio foi fundado pelo enólogo Luís Patrão, em 2005, e está situado na aldeia da Poutena. Os vinhos são essencialmente provenientes de três vinhas totalmente distintas. A vinha do Rexarte, reestruturada em 2007, é uma colina com exposição à oeste e tem um solo arenoso da época Plioceno e está dedicada às castas brancas tradicionais Cercial e Bical. Em 2009, adquiriram uma parcela de 0,5 ha contigua a esta, que tem a particularidade de ser uma zona de transição entre solos argilosos e arenosos na qual plantaram Baga.
A vinha do Vale do Dom Pedro fica em uma encosta oposta ao Rexarte. Separadas por um pequeno riacho, tem solos completamente distintos: argilo-calcário e areia. Esta vinha, com meio hectare, foi plantada em 2009 com Baga.
A vinha do Bárrio está localizada num vale. O relevo é ligeiramente ondulado e o solo é de origem argilo-calcária, do período jurássico. Esta vinha divide-se em 3 parcelas: Bárrio Velho (0,2 ha), Cancelinha (1,3 ha) e Bárrio do Forno (1,2 ha).
Vinificação: As uvas foram prensadas diretamente e a fermentação ocorreu totalmente em barrica. O estágio nas borras foi promovido durante 6 meses.
Nos primeiros meses do novo ano é retirado cerca de 30% do lote de solera para fazer a nova tiragem (engarrafamento do espumante). Nesse momento, o lote da solera é novamente atestado com o vinho da última colheita, e assim continuamente colheita após colheita, garantido consistência e carácter. Respeitando o método clássico, a segunda fermentação ocorre em garrafa, e tendo o estágio mínimo 18 meses antes do “dégorgement”.
Castas: Bical, Cercial e Baga.
Aspeto: Pálido, efervescência e amarelo claro.
Nariz: Intensidade média, flor de laranjeira, leve maçã, amêndoa, biscoito, manteiga, mel, chá, pimenta branca e pedra molhada.
Boca: Seco; bolha fina, acidez alta, álcool médio, corpo médio, intensidade média(+), maçã, manteiga, mel, salino, pedra molhada e final longo.
Produtor: Vadio
Enólogo: Luís Patrão
Condição de Prova: Sem comida
Capacidade: Standard (0,75 L)
Temperatura de Serviço: 16º
Data de prova: 29/4/2019
Outras considerações: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.