Mind the Glass
Credits: Vine to Wine Circle

Ficha da Casta

Variedade

Tinta Roriz

Sinonímia

Aragonés (Espanha), Aragonês (Portugal), Aragonez (Portugal), Arauxa (Espanha), Botón de Galo (Espanha), Cencibel (Espanha), Chinchilana (Espanha), Escobera (Espanha), Garnacho Foño (América do Sul), Grenache de Logroño (Espanha), Jacibiera (Espanha e América do Sul), Jacivera (Espanha e América do Sul), Negra (Espanha), Negra de Mesa (Espanha), Piñuela (Espanha), Santo Stefano (Itália), Tempranilla (Espanha), Tempranillo de Rioja (Espanha), Tinta de Nava (Espanha), Tinta del País (Espanha), Tinta de Toro (Espanha), Tinta Madrid (Espanha), Tinta Roriz (Portugal), Tinto Aragónez (Espanha), Tinto de Madrid (Espanha), Tinto del País (Espanha), Tinto Fino (Espanha), Ull de Llebre (Espanha), Valdepeñas (Califórnia), Verdiell (Espanha), Vid de Aranda (Espanha).

Variedades erradamente identificadas com a Tinta Roriz

Garnacha Tinta, Juan Garcia e Moristel

Origens

A casta é referida no século XIII e em 1513 mas não foi possível confirmar a veracidade dos factos. A referência credível mais antiga foi feita por Clemente Y Rubio, em 1807. Este descreveu-a na região da Rioja e Navarra.

Martinez referiu, em 2003, que a casta foi introduzida na América do Sul no século XVII.

Em Itália, a casta é cultivada há centenas de anos, na região da Toscana e da Basilicata, sob o nome Malvasia Nera e Malvasia Nera de Lecce.

A primeira referência em Portugal foi realizada por António Gyrão, em 1822, descrevendo-a no Douro. Visconde Vila Maior, em 1875, julgou-a importada da zona de Aragão pela Quinta da Romaneira.

Características

A casta apresenta um vigor médio/elevado e uma produtividade elevada. O cacho médio, cilindro-cónico e medianamente compacto. O bago é arredondado, médio e negro-azul. A película tem uma espessura média e a polpa tem uma consistência média. A casta apresenta as seguintes sensibilidades criptogâmicas: oídio, míldio, escoriose, esca e eutypia.

Regiões de Maior Relevância e Expansão

A casta encontra a sua maior expressão na península ibérica, especialmente em Espanha na qual se encontrava implantada em 207 000 hectares, no ano de 2008.

Em Portugal encontrava-se implantada em 19 091 hectares no ano de 2018, o que corresponde a 10% do total e a transforma na casta mais plantada do país. A região do Douro era a que apresentava as maiores manchas de plantio com 5960 hectares, o que correspondia a 14% do total. Na denominação do Alentejo, a casta ocupava cerca de 17% do total do plantio, o que correspondia a 4114 hectares. No Dão, a casta apresenta números ainda mais robustos. Quase 19% do total dos vinhedos correspondem à Tinta Roriz, o que perfaz 2672 hectares. As regiões de Trás-os-Montes e Terras da Beira também apresentaram extensas plantações com a casta. Mais de 15% do total (2052 e 1673 hectares, respetivamente) dos vinhedos correspondem à Tinta Roriz.

Credits: Vine to Wine Circle
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Na Argentina, em 2009, a casta ocupava 6568 hectares. Esta encontrava-se em grande destaque na zona de Mendoza, na qual era a quinta casta mais plantada e com tendência para aumentar.

Nos Estados Unidos da América, a casta também se disseminou com relativa facilidade. Em 2010, na California, a casta ocupava 387 hectares. A maioria implantados em Vale Central. Em 2011, na zona de Washington, o total de plantações ascendia a 38 hectares. Também em Oregão e Texas a casta podia ser encontrada em 8 e 30 hectares, respetivamente.

Na Austrália, em 2008, a casta podia ser encontrada nas zonas de “Riverina”, “Riverland”, “Barossa Valley”, “Heathcote” e “McLaren Valley”, num total de 385 hectares.

Em França, no ano de 2009, a casta encontrava-se instalada na zona do “Languedoc” em 766 hectares.

A casta também se encontra implantada no Chile, Nova Zelândia, Canadá, México, Turquia, Malta e Suíça mas ocupa menos de 10 hectares em cada um desses países.

Parentalidade

A casta terá um grau de parentesco com a Albillo Mayor. A Tempranillo deu origem à casta Temparia e, através de mutações, à Tempranillo Blanco e à Tempranillo Royo.

Notas de Prova

Os vinhos desta casta são frutados, taninosos e especiados. Ao envelhecerem desenvolvem aromas de couro e tabaco. Por vezes, os vinhos podem ter uma acidez abaixo da média.

Fontes

  • Böhm, Jorge (2007), Portugal Vitícola – O Grande Livro das Castas, Chaves Ferreira Publicações, Lisboa
  • Robinson, Jancis; Harding, Julia; Vouillamoz, José (2012), Wine Grapes: A Complete Guide to 1,368 Vine Varieties, including their Origins and Flavours, Penguin Group, Londres
  • https://www.ivv.gov.pt (29 de março de 2020)

2 Comments

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