Alentejo – 13% – PVP: 20 Euros – Nota: 87/17,5
Nesta referência destacam-se os aromas a fruta madura, a resina e a terra. O palato revela um vinho muito texturado e com boa acidez. Uma boa aposta para a mesa.
Um vinho muito jovem e que mostra alguma elegância mas sempre num registo tradicionalista.
Projeto: O projeto XXVI Talhas surgiu da vontade de um grupo de amigos, de Vila Alva, que cresceu a ver os familiares a produzir vinho de talha. Este projecto, um sonho antigo, nasce agora com o objectivo de dignificar e promover o vinho de talha produzido em Vila Alva.
A adega está situada em Vila Alva e pertenceu a Daniel António Tabaquinho dos Santos (1923-1985). Para além de produzir vinho, utilizava a adega para trabalhar como carpinteiro e, por esse motivo, era conhecido localmente como o “Mestre Daniel”.
Mestre Daniel produziu vinho de talha durante cerca de 30 anos, seguindo a tradição familiar que herdou de seus pais e avós. Após a sua morte seguiram-se ainda alguns anos de produção. Contudo, em 1990, a adega encerrou actividade. Em 2018, após quase trinta anos de interregno, a adega volta a funcionar, retomando a tradição local e familiar de produção de vinho de talha.
Vinificação: As uvas foram totalmente desengaçadas e sofreram um ligeiro esmagamento. A fermentação decorreu com maceração e contacto pelicular em 2 talhas durante 3 meses sem controlo de temperatura e com leveduras indígenas.
Castas: Trincadeira, Aragonês e Tinta Grossa.
Aspeto: Intensidade média e rubi.
Nariz: intensidade média, amora, cereja, resina, leve favo de mel e terra.
Boca: Seco, tanino áspero, acidez média(+), álcool médio, corpo médio; intensidade média(+); cereja, amora, resina e final longo.
Produtor: XXVI Talhas
Condição de Prova: Sem acompanhamento de comida.
Capacidade: Standard (0,75 L)
Temperatura de Serviço: 14º
Data de prova: 30/9/2020
Outras considerações: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.