Ficha da Casta
Variedade
Branca
Sinonímia
Desconhecido
Variedades erradamente identificadas com a Antão Vaz
Desconhecido.
Origens
É uma casta originária da região da Vidigueira. A casta foi pela primeira vez mencionada na «Colecção Ampelográfica de Évora», em 1890.
Características
A Antão Vaz apresenta um vigor e uma produtividade elevada (6000 a 10000 l/ha), cacho grande (360 gramas) mas pouco compacto. O bago é grande e difícil de destacar. Película espessa. É uma casta pouco sensível ao míldio e ao oídio. No entanto é sensível à podridão cinzenta, esca e eutipiose.
Regiões de Maior Relevância e Expansão
A Antão Vaz encontra-se pouco disseminada em Portugal. A casta ocupava, em 2018, uma área total de aproximadamente 1232 hectares, correspondendo a cerca de 1% do total do encepamento português. No Alentejo a área atingiu os 1167 hectares, em 2018, sendo a casta branca mais plantada em toda a região. Em 2018, na Península de Setúbal a casta estava plantada em 75 hectares.
Parentalidade
Em 2012, Zinelabidine, após realizar uma análise ao ADN concluiu que a Antão Vaz tem um parentesco com a Cayetana Blanca (Espanha).
Notas de Prova
O vinho caracteriza-se por uma cor citrina e de intensidade média, mas de grande finura e complexidade, onde sobressaem notas de frutos tropicais maduros. Na boca, os vinhos são macios, ligeiramente acídulos e estruturados, mantendo a fineza e o frutado referidos no aroma. O final é persistente e harmonioso. É uma casta de elevado potencial qualitativo (Laureano, 1999).
Fontes
- Böhm, Jorge (2007), Portugal Vitícola – O Grande Livro das Castas, Chaves Ferreira Publicações, Lisboa
- Robinson, Jancis; Harding, Julia; Vouillamoz, José (2012), Wine Grapes: A Complete Guide to 1,368 Vine Varieties, including their Origins and Flavours, Penguin Group, Londres
- https://www.ivv.gov.pt (18 de março de 2020)