Agora que a lavagem dos cestos está quase terminada de Norte a Sul de Portugal, chegou o tempo de revelar as minhas escolhas do mês de setembro. Desta vez temos dois vinhos do Dão e dois vinhos do Porto. Espero que gostem.
Quinta Dona Sancha Cerceal-Branco 2021 – 93 Pontos
O nosso país tem uma vasta panóplia de castas e muitas delas não estão estudadas ou são pouco trabalhadas. A Cerceal-Branco será seguramente uma delas. Após algum trabalho na vinha e na adega podem surgir boas surpresas vínicas, como esta nova referência do igualmente recente projeto do Dão. Um vinho muito jovem, fechado e austero. Um excelente exemplar da casta. Mais um projeto que se afirma. (link)
Raríssimo Clarete 2016 – 93 Pontos
A segunda escolha deste mês também vem do Dão. Trata-se de um clarete, uma técnica enológica clássica que extrai pouca cor das uvas tintas, muito bem feito relembrando os antigos vinhos feitos na região. Neste caso temos um vinho, com alguma idade, que compagina delicadeza e estrutura. (link)
Vasques de Carvalho Porto Tawny 50 Anos – 98 Pontos
Em janeiro de 2022 foram apresentadas, ao mercado mundial, as mais recentes categorias de vinhos do Porto envelhecidos em madeira. De lá para cá muitos foram os produtores que apresentaram novas referências de Porto Tawny 50 Anos. O da Vasques de Carvalho está entre uma das que mais me surpreendeu. Um magistral exemplar desta nova categoria que impressiona grandemente os sentidos. (link)
Niepoort Very Old Tawny VV – 99 Pontos
Quando a Niepoort completou 170 anos decidiu engarrafar 999 garrafas de um vinho do Porto velho, chamou-lhe VV. Tratou-se de um vinho de 1863, que envelheceu até 1972 em pipas, tendo sido depois “engarrafado” em “demijohns”. vinho único e com um enorme potencial de aperfeiçoamento em garrafa. Um vinho monumental pleno de vigor, intensidade e complexidade. Um dos melhores vinhos do Porto que já provei. (link)