Com a chegada do verão os dias ficam mais longos e o calor aperta.
Nesta altura apenas queremos que cheguem as merecidas férias para desfrutar de um muito almejado descanso.
Com o aumento da temperatura ambiente, a última coisa que nos apetece são vinhos muito encorpados e chatos.
Apresento 10 escolhas vínicas de complexidade variável, à medida de todas as bolsas, para nos ajudarem a ultrapassar os dias de canícula que se avizinham rodeados por aqueles vinhos que mais gostamos.
Rosés
Não há como negar a febre dos rosés também já chegou ao nosso país. Poucos vinhos têm o condão de harmonizar melhor com os pratos leves de verão ou com…a beira da piscina.
A minha primeira escolha recai sobre um dos melhores róses nacionais. A fruta vermelha muito fresca aliada a um perfil muito cremoso, cheio de intensidade, complexo, estruturado e com bom volume de boca é perfeito para qualquer prato de verão. Classe e elegância.
A Bairrada já nos acostumou a vinhos incríveis e este é mais um.
A acidez vibrante, a salinidade e a mineralidade bem marcada fazem desta referência uma excelente companhia, sobretudo para a mesa. Uma estreia em grande que ninguém quererá perder.
A região de Lisboa tem mostrado um incremento na qualidade dos vinhos que produz absolutamente inegável.
Este exemplar remete-nos para um imaginário de fruta muito fresca e elegantes especiarias. Um vinho com aromas e sabores relativamente incomuns na paleta nacional de róses.
No Alentejo também existem excelentes ofertas a preços muito cordatos para a qualidade que oferecem. Se quisermos um rosé cheio de fruta, floral, com um toque especiado e seco. Esta é uma excelente escolha.
Brancos
Nos últimos anos a qualidade dos vinhos brancos nacionais tem vindo a crescer quase exponencialmente e, também por isso, têm vindo a grangear apreciadores dentro e fora do nosso retângulo plantado à beira mar.
O verão, também, é uma altura perfeita para apreciar algumas referências mais ou menos conhecidas do grande público mas todas de grande qualidade.
A região do Dão tem na casta Encruzado uma das mais preciosas pérolas que a alquimia enológica mundial podia desejar.
Neste caso temos um vinho absolutamente extraordinário que faz esquecer muitos nomes estrangeiros para que nos lembremos que as castas nacionais também mostram grande capacidade de envelhecer e…convencer.
Nos últimos anos, os vinhos brancos dos Açores emergiram como uma fénix renascida das cinzas, quase todos os críticos nacionais e internacionais estão rendidos à salinidade e ao caráter muito fresco destes vinhos.
No Minho, a casta Alvarinho assume-se como uma raínha quase incontestável mas é em Monção e Melgaço que ela é coroada de êxito e rodeada de mordomias. Nesta proposta temos um perfil elegante, muito vibrante e cheio de camadas saborosas de puro prazer. Perfeito para o marisco.
Os primeiros vinhos produzidos no nosso território datam de há mais de 2400 anos e localizavam-se no Sul do nosso país. Os vinhos de talha estiveram à beira da extinção durante o século XX mas atualmente conhecem um novo fulgor. A elevada acidez, os taninos marcados e o perfil elegante mostram bem a apetência para a mesa. Os nossos antepassados sabiam o que faziam.
A casta Viosinho é absolutamente incontornável no Douro e neste vinho mostra um perfil aromático mais floral do que frutado mas com a garra que já nos habituou. Um vinho excelente a um preço inacreditável.
Espumantes
A bebida das estrelas democratizou-se e atualmente é um dos vinhos mais consumidos no mundo. Nenhum verão estaria completo sem bebermos umas “bolinhas”.
10 – Ataíde Semedo Cuvée Bruto (14,79 Euros)
Este espumante foi elaborado de acordo com o método clássico. É um espumante fresco, excelente para acompanhar uma refeição leve ou apenas para desfrutar num fim de tarde a apreciar o pôr do sol. Uma pérola bairradina (quase) desconhecida.